Foto: Adia Borges - Fotos da Terra
A vice-presidente da OABMT, Cláudia Aquino de Oliveira; a presidente da Comissão de Direito da Mulher, Juliana Nogueira, e integrantes da CDM, participaram da abertura oficial da campanha “Justiça pela Paz em Casa”, nesta segunda-feira (9 de março), no auditório do Tribunal de Justiça, em Cuiabá. Cláudia Aquino comemorou a parceira da Seccional com o Poder Judiciário e ressaltou que em todo o Estado as advogadas e advogados se unirão para realizar palestras e orientações jurídicas.
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“Nesta semana serão realizados 25 tribunais do júri de feminicídio, crime contra a mulher por ser mulher. Os números são alarmantes no Estado e precisamos lutar para que haja redução desses casos estimulando as vítimas, familiares e amigos a denunciarem as agressões”. Mato Grosso está em 11º lugar no ranking de feminicídios no Brasil, com 5,4 mortes para cada 100 mil mulheres, conforme o Mapa da Violência 2012, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos. O Espírito Santo é o estado com a maior taxa, 9,8 a cada 100 mil, seguido por Alagoas (8,3) e Paraná (6,4). Em contrapartida, as taxas mais baixas estão no Piauí (2,5), São Paulo (3,2) e Santa Catarina (3,5). |
A solenidade foi aberta com pronunciamento da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, líder da campanha e responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher). “A emoção toma conta de nós nesse momento porque a causa é justa e nos toca profundamente. A campanha vem em uma boa hora. No ano passado, foram registradas 5.664 mortes de mulheres por violência. E quase metade delas foi dentro do lar. Precisamos mudar essa triste realidade”, afirmou.
A corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Erotides Kneip, falou sobre o engajamento na causa. “Precisamos de ações mais efetivas do Judiciário. Pois, quando uma mulher apanha, somos todas agredidas. Quando uma mulher é esfaqueada, nossas famílias se destroem. E quando uma mulher é assassinada, o nosso sangue é derramado”, pontuou. A desembargadora destacou que além dos júris também haverá 78 audiências de instrução nos crimes dolosos contra a vida e incontáveis audiências nas varas de família.
A cerimônia foi encerrada pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo da Cunha, que fez uma analogia entre a Oração aos Moços do jurista e escritor Rui Barbosa com a campanha, ambas baseadas em um tripé. Os três pilares da oração são Deus, Pátria e Trabalho, que o magistrado relacionou com Paz, Casa e Justiça, respectivamente. “Bom saber que essa bela campanha nasceu no judiciário, mesmo porque a nobre missão da Justiça é promover a paz. E isso não significa necessariamente a ausência de guerra, mas sim a presença de amor. E que a semente do amor seja lançada em todas as casas a partir desta iniciativa”, finalizou.
A Justiça pela Paz em Casa será realizada de 9 a 13 de março em todo o país, por iniciativa da ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Em Mato Grosso, o evento conta com apoio de diversas entidades públicas e privadas como: Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Cuiabá, Ministério Público, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa, OAB-MT, BPW¸ Anoreg, Refrigerantes Marajá, Clínica Femina, Energisa Mato Grosso, Banco do Brasil e Sicoob. (Com informações do TJMT)
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Fotos: Adia Borges – Fotos da Terra
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